quarta-feira, 1 de junho de 2011

A "Feira Moderna" da Divinópolis com a Paraisópolis.

Depois da participação de Beto Guedes em 1970, no 5º Fetival da Canção com uma letra de Lô Borges e Fernando Brant, chamada Feira Moderna os mineiros começaram a ser conhecidos na cena musical brasileira.

Depois disso, algumas pessoas sem querer querendo, foram para um canto do bairro de Santa Tereza em BH e lá começaram a compor e escrever letras que marcariam pra sempre a música popular brasileira.
Dai surgiu um dos maiores movimentos da MPB "Clube da Esquina", que pra mim grandes nomes da nossa música ficaram conhecidos como: Toninho Horta, Flávio Venturine, Beto Guedes, Lô Borges e Milton Nascimento.
E  "Feira Moderna" é isso, compositores inovadores, que naquela época chegaram e inovaram a música no Brasil. Tudo isso faz desse movimento uma "Feira Moderna".
Em 1972, eles gravaram em nome de Milton & Lô o primeiro disco, Clube da Esquina, que trouxe a público as novas músicas míticas da época (em diante). O trem azul, Clube da Esquina nº2 e Nada será como ante,Um girassol da cor de seu cabelos estavam lá, num disco de 21 canções,  Quem precisa de uma chancela a mais pra ouvir o disco pode dar uma olhadinha na Lista dos 100 maiores discos da música brasileira publicada em 1997 pela versão brasileira da revista Rolling Stone: o álbum é o sétimo da lista.
Um disco antológico, que todo amante de música boa como eu, precisa ter no seu acervo pessoal e passar de geração a geração. A letra a baixo é linda e retrata a vida nesse "Clube".

Clube da Esquina II

Composição : Milton Nascimento- Lô Borges- M.Borges

Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, aço, aço....
Porque se chamava homem
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases
lacrimogênios
Ficam calmos, calmos, calmos
E lá se vai mais um dia
E basta contar compasso
e basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração
Na curva de um rio, rio...
E lá se vai mais um dia
E o Rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente,
gente, gente...